Desculpa se não subi à Lua contigo.
Desculpa se morri sem fôlego,
desculpa se parei de medo.
Desculpa se te obriguei a este meu enredo,
que sou tão eu que até me enleio.
Desculpa se no entremeio
te levei comigo para a perdição.
E não consigas agora livrar-te dela.
Desculpa se te abri uma janela
e fechei as portas todas.
Desculpa se te puxei para esta negritude,
desculpa se te prometi a infinitude
e só encontraste uma parede.
Desculpa se te dei as chaves todas
e troquei as fechaduras,
enquanto tu cavas em sepulturas
todo o resto das nossas sanidades.
Mas do fundamental das identidades,
tu me esperas e adivinhas.
Tu abres-me e espezinhas
os lobos que me separam de ti.
Partes, puxas, arrancas, desfias.
Despes-me de mim e enfim do mundo.
E ao veres-me nua, encolhida,
mergulhas ao recanto mais fundo
e trazes-me ao colo, derretida.
Desconjuntada, resgatada.
Juntaste os cacos e
maravilha!
em Abraço,
em Colo que me sabe a Tudo,
em Cheiro que me afunda em ti,
impõe-se o meu renascimento ao Nada.
Todo o meu corpo luta
contra a tua invasão em agonia.
Mas tu, em harmonia
das certezas de me quereres,
Nada poupas, Tudo abarcas,
Nada vendes, Tudo abraças.
E eu vou penetrando no vício dos cigarros.
No ciúme lento de não te ter,
na urgência em não te perder.
Em te devolver a agonia
Em não nos negar esse prazer.
Ou te deixar afundar
sozinho na perdição.
Em que não mais me desculpes.
Desculpa se morri sem fôlego,
desculpa se parei de medo.
Desculpa se te obriguei a este meu enredo,
que sou tão eu que até me enleio.
Desculpa se no entremeio
te levei comigo para a perdição.
E não consigas agora livrar-te dela.
Desculpa se te abri uma janela
e fechei as portas todas.
Desculpa se te puxei para esta negritude,
desculpa se te prometi a infinitude
e só encontraste uma parede.
Desculpa se te dei as chaves todas
e troquei as fechaduras,
enquanto tu cavas em sepulturas
todo o resto das nossas sanidades.
Mas do fundamental das identidades,
tu me esperas e adivinhas.
Tu abres-me e espezinhas
os lobos que me separam de ti.
Partes, puxas, arrancas, desfias.
Despes-me de mim e enfim do mundo.
E ao veres-me nua, encolhida,
mergulhas ao recanto mais fundo
e trazes-me ao colo, derretida.
Desconjuntada, resgatada.
Juntaste os cacos e
maravilha!
em Abraço,
em Colo que me sabe a Tudo,
em Cheiro que me afunda em ti,
impõe-se o meu renascimento ao Nada.
Todo o meu corpo luta
contra a tua invasão em agonia.
Mas tu, em harmonia
das certezas de me quereres,
Nada poupas, Tudo abarcas,
Nada vendes, Tudo abraças.
E eu vou penetrando no vício dos cigarros.
No ciúme lento de não te ter,
na urgência em não te perder.
Em te devolver a agonia
Em não nos negar esse prazer.
Ou te deixar afundar
sozinho na perdição.
Em que não mais me desculpes.